una os pontos
1
pari-me um nada morto
um pedaço de carne só coração
cujo movimento re
pugna
sou assimétrica in
acabada
2
a minha mãe
perdão a minha mão
não soube arrancar-me
do fundo do ventre redondo e turvo
onde me agarrei
3
a minha mão segura apenas um coração
e não sabe o que fazer com ele
a minha mão segura-se ao coração
4
cada vez que te enganas a ler-me
eu morro
depois renasço como posso
e deixo que me leias de novo
só para poder ver os teus olhos
5
cada vez que te enganas maior é a tua certeza afiada
tens de sentir (tens de sentir) como a tua certeza (errada)
corta o atilho que me prende a alma a um dedo
6
sente
7
piso as presas da calçada
uma_______a______uma
pisarorisconãovale
8
cada vez que nasço
põem-me num frasco
já não sei como se faz para nascer inteira
vou nascendo às prest
acções
9
confio nos números nos rótulos dos frascos